Inevitabilidade

Na minha mente fluem pensamentos, ideias, vozes, cognições, ruminações, ou qualquer outro substantivo com o qual se queira definir os laivos delirantes de incerteza e insegurança que qualquer ser humano despoleta aquando da intensificação do raciocínio crítico. Quando tudo se questiona já nada é certo, existe sempre algo relativo e subjectivo, algo dependente da percepção dos próprios olhos de quem observa, ou apenas vê. Porque tudo neste mundo tem várias faces e porque já nada é certo. Tentamos compreender o que nos rodeia, falhamos; tentamos compreender as pessoas e os seus comportamentos, desiludimo-nos; tentamos possuir conhecimento e apenas verificamos a extensão da nossa ignorância. Porque nada é certo, nada é prevísivel, a não ser a morte e a inevitabilidade. A morte, nem essa, é totalmente estável. Sabemos que vai acontecer, não sabemos como, não sabemos onde nem muito menos quando. A inevitabilidade essa, essa sim é certa e precisa. Contemos com todos os resultados de cada comportamento nosso, por mínimo que seja, porque a inevitabilidade, essa sim, não nos deixa ficar abandonados, ela aparece, sempre aparece.