Trabalho

Cada vez mais compreendo a pobreza de mentalidade deste país. Alías, até se identifica especificamente a mesquinhez e apatia, a desresponsabilização e o "deixa andar", o "deixa que os outros fazem" e o "desenrasque em cima do joelho". Há uma enorme aversão ao trabalho em Portugal (nos outros países desconheço por isso vou-me manter por terras nacionais). Denota-se uma clara falta de iniciativa, um cumprimento conformado do dever (fazer para dizer que está feito e não para ser exímio na persecução da conclusão das tarefas), um notório desleixo nos pormenores, uma lacuna de desejo de obtenção de algo mais. E, pessoalmente, não sou nada apologista desta situação, se se inicia uma tarefa é para ser executada tendo em vista o perfeccionismo (não obcecado), e para ter um plano prévio de prevenção a acontecimentos imprevistos (porque há sempre algo que corre mal). Em termos de trabalho este país sofre de uma mentalidade totalmente retrógada. Se não querem finalizar uma tarefa não a iniciem.
É claro que necessitam de trabalhar para serem renumerados, mas aos menos nessas tarefas "obrigatórias" e delimitadas tentem realizá-las de uma forma positiva e verão as consequências advenientes de tal (mas não esperem justiça equitativa na apreciação do vosso trabalho, porque isso é conceito que na prática raramente se explicita).