Todas as Coincidências com a realidade são pura verdade!

sábado, dezembro 18, 2004

Laicidade?

"De Deus - Principio da Existência" Por J.P. Tavares in Noticias Da Covilhã de 17 de Dezembro de 2004
As perspectivas oferecidas pelos grandes mestres, pelas suas reflexões e meditações, ajudam nos muito a debruçarmo-nos racionalmente sobre a questão de Deus.
Diriamos que, tal como para conduzir um veículo o estudo é obrigatório, para falarmos sobre Ele e para discuti-Lo e estudo e a vontade de estudar tornam-se intrinsecamente necessários. Afinal, a vontade de conhecer ou de nos conhecermos é o que realmente nos distingue dos outros seres vivos. É bem verdade que aos cães não se ensinam coisas divinas.
Talvez o estudo possa mostrar-nos o passo decisivo que terá sido quando se homogeneizou o Ser no Universo, na Ordem e na própria Existência. Ou que a geração, em si mesma, prova formalmente a participação da Existência, na Ordem, a existênca desta mesma e, simultaneamente, a possibilidade de poder ser constatada como um facto em si mesmo prodigioso, se não glorioso, muito para lá do puro desenrolar analítico. Talvez deixássemos, então, de procurar de onde vimos e para onde vamos para procurar o que somos.
Ou talvez o estudo nos levasse à mesma conclusão a que outros antes nós chegaram: se Deus é Deus, Deus existe: ora, se o antecendente é evidente, a conclusão também o é.
As implicações de um estudo que tenha em consideração estas perspectivas legadas pelos Mestres são evidentes e excelentes, sendo a maior, além da constante procura do nosso papel enquanto seres humanos neste mundo, a total comparência de Deus, principio da Existência, em tudo o que existe, sensível e inteligível, e ver que Ele existe em todas as partes do Universo, em todo o Universo.
Afinal, sob qualquer ponto de vista, tornar-se-ia mais dificil afirmar que Ele não existe do que afirmar que ele existe, como se existisse uma aptidão natural da alma para perceber Deus."

E assim me deparo com este texto que sinceramente nem hei de por onde começar a análise.
Primeiro que tudo a palavra laicidade não deve ter qualquer significado neste jornal, já que apresenta variados textos de índole religiosa, mas "surpreendentemente" apenas de influência católica. Não sou contra a religião, sou contra o monopólio e falta de tolerância que a maioria pratica enquanto diz aos seus "fiéis" para serem tolerantes e cheios de amor. É assim de lamentar estes acontecimentos por todos os jornais deste país, das autarquias, e do próprio governo. Mas sobre isso falarei noutros posts, restringindo me apenas a esta peróla que deixa dúvidas em qualquer ser pensante que saiba criticar e não se deixar levar pelo efeito de massa e inerentes rebanhos.
Primeiro que tudo gostaria de saber quem são estes tão aclamados mestres que o autor fala, não vi nomes e nem sequer nenhuma referência, serão os reis que instauraram a religião católica apostólica romana por esta ser a mais poderosa e que lhes permitia ampliar o seu reino de servidores nem que fosse necessário a chacina de povos "bárbaros"? Ou serão aqueles que constítuiam os tribunais de inquisição e conseguiam declarar quando alguém era possuído pelo demónio (também inventado por eles) ou se possuia poderes de feitiçaria (tipo filmes do Harry Potter)
Queria também aqui esclarecer o autor que para conduzir um veículo o estudo não é obrigatório, a parte essencial na condução é a prática apenas com noções básicas de normas porque vivemos numa sociedade e temos de possuir comportamentos de interacção, caso contrário não seria necessário qualquer tipo de estudo, e visto que é necessário a base prática neste caso seria manipular variáveis independentes e testar em que variáveiss dependentes o vosso deus omnipresente teve efeito, e espantemo-nos: apesar de omnisciente e omnipresente não existem provas da sua existência em qualquer ponto do universo que sejam minimamente mensuráveis. E como se sabe, qualquer tipo de objecto ou criatura que possua massa produz interferências no meio em que habita e que são passíveis de quantificação.
Relativamente a outro aspecto, tem razao, aos cães não se ensinam coisas divinas, e ainda bem, senão teríamos cães armadilhados com coletes bomba, cães a baptizar outros cães que acabassem de ter nascido mesmo sem ouvir a sua opinião, cães a ladrar ajoelhados como se as palavras ditas a caminho do ar provocassem uma reacção química que os fosse libertar de pecados inventados pelos próprios cães, talvez vejamos cães a molestar cães mais pequenos, apenas nesse ponto vejo uma pequena equiparação, além de que também não vejo cães a pagar missas por "almas" de cães mortos de maneira a que o seu deus cão os salve, ou seja, apenas se pagarem as missas o deus os irá aceitar no seu paraíso, paraíso esse que não aceita humanos já que se os cães fossem divinos teriam um livro que diria que apenas estes foram construidos À imagem e semelhança do seu deus, permitindo que explorasse e domesticassem os humanos pois estes seriam inferiores a eles.
Restringindo-me novamente ao texto: "se Deus é Deus, Deus existe", bem, baseado neste silogismo, se o Unicornio Cor de Rosa é o Unicornio Cor de Rosa, o unicornio cor de rosa existe, e continuaria aqui a noite toda com exemplos muito práticos. Mas esperem, se Zeus é Zeus então Zeus existe, mas...esqueci me de um pormenor: como o povo que venerava Zeus já não existe com a sua base teológica (socialmente inventada) Zeus literalmente morreu, assim como Baco, Tetztatlipoca, Hórus, Vénus, Resheph, Baal, Anath, Astrarte, Ashtoreth, Hadad, Nebo, Dagon, Melek, Yau, Ahijah, Amon-Ra, Ísis, Osíris, Ptah, Molech, já ninguém os menciona e outrora foram adorados tal como os fieis agora adoram os seus, e daqui a umas centenas de anos o deus católico assim como todas as suas ramificações em santas, cristos, espiritos e um conjunto de entidades duvidosas das quais ninguém duvida serão apenas um ponto na história, um dado sobre um povo e uma forte gargalhada na boca de uns como uma complexa confusão na cabeça de outros ao meditarem como um povo que evolui tanto num século consegue basear-se em tamanhas superstições.
Para rematar, eu não concordo que seja mais dificil admitir que ele não existe, concordo sim que seja mais dificil o ser humano se abstrair do efeito de massa a que está sujeito assim como a todas as crenças que lhe impingem desde que nasce sem sequer ser consultado sobre as quer receber. Eu também digo que é dificil acreditar que não existe o Unicornio Cor De Rosa, mas eu não vou dar provas da sua existência, dêem-me vocês provas de que ele não existe!!
Quanto às aptidões da alma vou deixar isso para outro post, já escrevi um sobre a alma que está em arquivo mas farei outro para manter actualizada a minha opinião.
E são estes artigos que me fazem perder leitores, e são estes artigos que me dão forças para continuar a escrever neste blog.