Opinião

Sou a favor da interrupção voluntária de gravidez, (aborto), porque considero que a mulher é dona suprema do seu corpo e do seu futuro, além de que o homem também deve ser ouvido. Desde que feito dentro de um prazo que abrange as 22 semanas devia ser completamente legalizado. A não legalização apenas leva a abortos clandestinos feitos em péssimas condições de higiene e saúde, que eventualmente levam à morte da mãe. Neste caso o Estado é que pode ser considerado o homicida e nunca as mulheres ao quererem praticar o aborto. Temos de ser realistas, quer queiramos quer não, já que nós somos apenas aquilo para que o nosso substrato neurológico se exprime. Aquilo que somos é definido pela quantidade de neurónios, quantidade de ligações sinápticas entre eles e como estas se conectam, e estas ligações são definidas pela nossa "experiência" e vivência pessoal, por isso não considero que um feto seja verdadeiramente consciente até às 22 semanas, não está uma alma nele (nem nunca vai estar), apesar de as ligações sinápticas básicas se formarem durante a gravidez.